terça-feira, 21 de junho de 2011

Chico Buarque em... o moderninho!


Amo Chico Buarque sendo o velho, lindo e bom Chico Buarque - cantor e compositor - de sempre...
Digo isso porque li três de seus livros: Budapeste, Leite Derramado e Estorvo. Amei o primeiro, gostei do segundo, mas achei Estorvo um estorvo. Então fiquei super feliz quando saiu a notícia deste novo cd; e mais feliz ainda com esta novidade de ir recebendo notícias da gravação, processo de composição, ouvir alguns arranjos e até músicas...
Já comprei meu cd no site [www.chicobastidores.com.br] e ouvi a música "Querido Diário": letra e viola caipira denotando singeleza; ou seja, eis mesmo o velho, lindo e bom Chico de volta.
Agora, enquanto o cd completo não fica pronto e chega aqui em casa, é acompanhar os laçamentos do site para me "manter interessada". rsrs Como se Chico precisasse disso!

sábado, 11 de junho de 2011

Uma alcoviteira* me leva ao teatro


Quando voltava pra casa há uns 15 dias atrás, comprei na rodoviária de Brasília o livro A Celestina de Fernando de Rojas.  Sempre me interessei em clássicos da literatura e este andava chamando minha atenção ainda pelo fato de já ter lido artigos de Roger Chartier que analisava protocolos de leitura a partir desta obra. Infelizmente a versão de bolso que comprei não veio com o comentado prefacio do autor, mas a leitura do livro é uma delícia.
Terminei de ler ontem A Tragicomédia de Calisto e Melibéia – como também é conhecida a obra - que me deixou, além de certa saudade, uma pulga atrás da orelha. Como pulgas parecem nunca andar sozinhas, uma inquietude vai me levando a outra e mais outra e mais outra....
Durante a leitura do livro percebi falas enormes e mudanças de cenários com certa rapidez; então fiquei pensando como seria difícil encenar uma peça assim. Mas A Celestina é um desses livros que não cabem em rótulos quanto a estilo: pode ser considerado teatro ou novela. Só que – lá vem outra pulga! – levando em consideração o tempo do texto (Espanha – início do século XVI), quem é que aguentaria sentar e ouvir alguém declamar 16 atos? - ou 21; já que existem duas versões.
Antes de ir pesquisar uma resposta para essas questões, Fernando de Rojas e as digníssimas pulgas me levaram para outros lugares: para o teatro grego, o romano, e... E o teatro atual. Sim, o teatro atual!
Alguns dos grandes clássicos da literatura foram escritos para serem encenados. Não é preciso ser nenhum gênio para saber que Ésquilo, Sófocles, Aristófanes, Shakespeare, entre outros que Eu Ignorante não me lembro, ou não sei dizer, escreveram para o teatro. Mas o tempo passou: veio o helenismo, veio Gutemberg, agora veio até o Google Books. Todos vieram e trouxeram a valorização destes autores dramaturgos bem como a possibilidade de leitura do que antes era para ser visto. E eu acho isso ótimo!
Nunca fui ao teatro assistir Prometeu Acorrentado; Édipo Rei; As Vespas; Sonho de Uma Noite de Verão. Mas já li estes textos que citei. E clássico é clássico e ponto. Já que não dá pra vivenciá-lo no teatro como o autor havia elaborado, veremos a montagem que o pessoal de hoje está fazendo; iremos ver a adaptação do cinema; e o melhor: vamos ler o livro e apropriar por nossa conta e risco, do nosso jeito, numa operação de caça furtiva como definiu Michel de Certeau.
Sim, mas... e o teatro atual onde está mesmo? Eu não sei e é aí que está a questão. Os textos de teatro moderno que eu conheço – por ouvir falar – são os de Ariano Suassuna, Chico Buarque e Nelson Rodrigues. Todos brasileiros. Todos escritos quando eu ainda nem era nascida.
Minha cidade não tem teatro, mas eu quero saber o que está sendo desenvolvido nos palcos do Brasil e do mundo. Quero saber quem é o grande dramaturgo da atualidade. Quero saber se existe uma nova Celestina por aí. Então... não se publica mais teatro que não seja os já clássicos? É feio ler teatro contemporâneo ou isto é mais uma ignorancia minha? Não confio nesta história de que o que se produz hoje é tudo porcaria, que o melhor seria ter nascido em sei lá quando, etc. Na minha (não tão santa) ignorância aprendi que sou muito sortuda de estar vivendo o século XXI. O século da possibilidade de encontrar com certa facilidade o que acontece no submundo. Sem desistir dos clássicos eu vou atrás do novo. A internet será minha Celestina.

La Celestina - Picasso [1903]
______________________________________________
* “A notoriedade da personagem Celestina acabou dando título à obra e fez substantivo na língua espanhola, significando alcoviteira” VASCONCELLOS, Luiz Paulo. La Celestina. IN: ROJAS, Fernando de. A Celestina: a tragicomédia de Calisto e Melibéia. Trad. de Millor Fernandes. Porto Alegre, RS: LP&M, 2008. [pocket]

domingo, 5 de junho de 2011

Mais Bonita e o que mais?

A Banda Mais Bonita da Cidade virou a banda mais comentada da internet depois do vídeo da música Oração tornar-se um dos mais vistos do YouTube. Até aí esta quantidade de MAIS não difere muito de outros artistas que também ganharam notoriedade pelo site de vídeos. O que chama a atenção é o fato de como o grupo está usando esta notoriedade a seu favor, apesar dos pesares. E os pesares são muitos...

Nem todo mundo gostou d’A Banda... Seja pela antipatia imediata causada pelo nome do grupo que se intitula MAIS BONITA - “O nome é longo e forte. Além disso, tem esta prepotência para brincar com os compositores de Curitiba, onde nós tocamos”, declarou Vinícius Nisi, um dos integrantes da banda, em entrevista à revista Marie Claire – ou pelo fato de muita gente considerar o sucesso imediato muito na linha dos novos astros da música pop. Entre outras coisas, a letra repetitiva de Oração e o nome da banda acabam mesmo por causar certa antipatia; sem contar o fato que rock aceito de imediato por muita gente [principalmente por aqueles que não curtem o bom e velho rock] normalmente é enlatado e cheio de engôdo do tipo Restart.

Do meu lado, que tinha ouvido falar do grupo antes do estouro no YouTube, resolvi ouvir as músicas que eu já havia baixado pelo Trama Virtual – na época Oração ainda não estava disponível pra download. Gostei muito de algumas das canções: Boa Pessoa [que me fez lembrar GRAM], Cantiga de Dar Tchau, Balada da Bailarina Torta e Canção Para Não Voltar. Outras músicas, trazem um mais do mesmo, precisando voltar ao forno para a comentada "construção, desconstrução, reconstrução"...

Mas o que chama atenção mesmo e me faz tirar o chapéu pr’A Banda Mais Bonita da Cidade é como ela está usando o sucesso a seu favor para gravar um CD. Sem esperar pelo ilusório retorno financeiro do ECAD pelas visualizações do vídeo no You Tube [Clique aqui para ver em esquema explicativo a relação Banda Mais Bonita + ECAD + You Tube], os músicos resolveram colocar o projeto do CD no site Catarse para que a coletividade ajude no financiamento do mesmo. Quem contribui pode receber brindes e assim, a Banda Mais Bonita da Cidade já lança um CD que o publico aprovou antes de estar pronto, já que serão gravadas as faixas que conseguirem juntar o montante necessário.

Se A Banda Mais Bonita da Cidade conseguirá ou não gravar este CD e levar adiante o sucesso, só o tempo dirá. A pergunta que faço também ao futuro é: Oração estará para A Banda... assim como Ana Julia está para Los Hermanos ou sou eu que acho a música chiclete não tão a cara do grupo assim?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sobre blogs, poesia e concurso literário

Mais do que uma vontade surgida de escrever este este blog é uma missão que me impus.

Meu único blog que teve duração foi o Olhares Refletidos, escrito em companhia do sempre amigo Alan Cristhian. Não que eu não goste da idéia de compartilhar, mas creio que chegou a hora de vencer a barreira, caminhar com minhas próprias pernas...

Como segue no peito aquele desejo - maior do que eu - de que o tempo do Olhares não tenha ficado para trás, estou resolvida a inscrever uma poesia que postei lá, no IV Prêmio Literário Canon de Poesia 2011.

A dúvida agora é: mas qual poesia??